O Nascimento de Alagoinhas: História, Tradição e Desenvolvimento

Alagoinhas, terra “das Lagoinhas”, que, muito antes de sua emancipação política, já atraía forasteiros por suas águas — diziam, “milagrosas e medicinais” —, por sua terra fértil, que produzia tudo o que se plantava. Haja vista o progresso da cultura da laranja e do fumo e também, claro, dos quintais sempre fartos das diversas árvores frutíferas. Terra boa, água boa, gente boa.

Além de estar incluída em uma das principais rotas de comércio dos tropeiros da época — o que chamou a atenção do governo imperial —, trouxe-se a linha férrea para o interior, na busca de ampliar os horizontes comerciais da Capital com todo o sertão baiano. Em nossas terras começa, então, uma disputa: permanecer no alto da colina, na Vila de Santo Antônio, e concluir a igreja matriz, ou descer a ladeira e morar mais perto da Estação Ferroviária, que ebulia como centro comercial de grande futuro econômico. Creio que nosso principal monumento histórico “inacabado” já diz o veredicto do plebiscito.

A vila, agora conhecida como Alagoinhas Velha, vira distrito da pujante Alagoinhas e torna-se um lugar atraente para os finais de semana de diversão à beira-rio, o que, na época, irritava os moradores que ainda permaneciam por lá e, algumas vezes, até hostilizavam os visitantes.

Mas nada como o tempo, que tudo cura. E hoje, todos os alagoinhenses — nascidos, acolhidos, adotados, visitantes — se unem para celebrar esta jovem senhora centenária, por sua força, beleza e resistência, mantendo viva a coragem “na conquista suprema do bem (…)”.

“Hosana, Alagoinhas, à Bahia e ao Brasil!”

Fotos : SECOM e Arquivos da internet.

Veja também