Na semana em que o Brasil sedia a COP 30 e o mundo volta sua atenção para as discussões a respeito do meio ambiente, precisamos voltar o olhar para Alagoinhas, onde as águas, um dos maiores símbolos de nossa identidade, que além de nos dar o nome, atualmente é base da nossa economia, se encontram em processo de total degradação.
“Uma lagoa cristalina e salutar.” Foi assim que Américo Barreira descreveu a Fonte dos Padres, em seu livro Alagoinhas e Seu Município, de 1902. O que este nobre pesquisador não poderia prever é a degeneração de nossos lagos e lagoas, que hoje estão mais para esgotos fétidos do que para águas cristalinas. Em 2001, o Plano Municipal de Saneamento Ambiental iniciou o processo de limpeza da Fonte dos Padres, porém, não foi suficiente para combater os impactos negativos que já tinham prejudicado todo o ecossistema, de forma irreversível.
O progresso desenfreado segue firme, consumindo nossos recursos hídricos sem reservas e sem cuidados. É preocupante assistir à morte lenta de nossas águas, sufocadas pela fedentina dos esgotos e pelo descaso coletivo.
É imprescindível a aplicação imediata de um plano de revitalização e preservação de nossas nascentes, a curto e longo prazo.
Não podemos mais aceitar o desaparecimento da história das lagoas de nossa aLAGOinhas.
