Em 1875, o benemérito fundador de Alagoinhas, Moreira Rego, determinou a construção da Casa da Câmara, um edifício imponente erguido com muita pompa, voltado para o Rio Catu e para a grande Estação São Francisco , símbolos de nossa recém-alcançada emancipação política e do dinamismo econômico da época.

Embora a obra tenha começado em 1875, o prédio só foi totalmente inaugurado em 1880
No início de sua construção, apenas a Câmara funcionava no pavimento superior. No piso inferior, instalou-se a cadeia pública que, segundo o pesquisador Américo Barreira, não era apropriada “pela falta de higiene e humanidade. Os prisioneiros ficavam em cubículos frios, sem ar e luz benéficos ao ambiente”. Pouco tempo depois, esse espaço foi desativado e, com o passar dos anos, acabou sendo aterrado.
A grandiosidade da construção logo chamou atenção em toda a província. O edifício chegou a ser considerado um dos mais belos e importantes da Bahia,cercado por majestosas palmeiras imperiais e por calçamentos de pedras portuguesas , que valorizavam ainda mais seu entorno.
Com quase duzentos anos de resistência, o Palácio da Municipalidade, sede histórica da Prefeitura , preserva grande parte de sua beleza original, mesmo já tendo passado por diversas pequenas reformas ao longo das décadas. Hoje, além de abrigar o gabinete do prefeito, e no pavimento superior e alguns órgãos públicos, o prédio também acolhe, na antiga sala da Câmara, materiais de trabalho de ambulantes daquela área e arquivos de setores vinculados à gestão municipal.
Diante de sua importância simbólica, arquitetônica e histórica, a população aguarda com expectativa sua revitalização física e memorial ,garantindo que este patrimônio permaneça como um marco vivo da memória e da identidade do povo de ALAGOINHAS





