Com 35 anos dedicados à Educação Física, o professor Ubirajara Ornelas, conhecido carinhosamente como Bira, tornou-se referência em disciplina, respeito e compromisso com a formação de jovens em Alagoinhas. No entanto, seu nome foi recentemente envolvido em uma polêmica após um episódio ocorrido no ginásio esportivo municipal, que acabou sendo interpretado de forma equivocada nas redes sociais.
Segundo relato do próprio professor, tudo começou quando o segurança do local o chamou para intervir em uma situação envolvendo dois jovens que, segundo testemunhas, estavam trocando carícias íntimas nas arquibancadas durante um evento esportivo. De maneira respeitosa e imparcial, Bira conversou com um dos estudantes e explicou que aquele tipo de comportamento não era permitido dentro do espaço — independentemente da orientação sexual.
“A regra é para todos”, afirmou o professor, ressaltando que não houve expulsão, constrangimento ou ofensa. Os jovens permaneceram no local, e a orientação foi dada apenas com o objetivo de manter o respeito mútuo em um ambiente público frequentado por crianças, adolescentes e famílias.
Mesmo assim, após o término dos jogos, Bira foi surpreendido ao ver publicações em redes sociais o acusando de homofobia — uma acusação que ele classificou como injusta e profundamente desrespeitosa. Em sua defesa, o educador reforçou sua trajetória marcada pela ética e pela igualdade.
“Tenho 35 anos dedicados à educação e sempre tratei todos com o mesmo respeito, sem distinção de orientação sexual, cor ou crença. Jamais imaginei passar por tamanha humilhação depois de uma vida inteira pautada pela ética e pelo diálogo”, afirmou o professor em nota.
“Transformar o cumprimento de uma regra de conduta em acusação pública de homofobia é injusto. Não houve discriminação, perseguição ou preconceito. Houve apenas respeito às normas que regem o ginásio e que valem para todos igualmente.”

O caso levanta um debate importante sobre os limites entre respeito à diversidade e manutenção da ordem em espaços públicos, especialmente em ambientes educacionais. A atitude do professor, segundo colegas e frequentadores do ginásio, demonstra equilíbrio, coerência e compromisso com valores éticos que sempre pautaram sua atuação profissional.
Bira informou ainda que prestou queixa formal sobre o ocorrido e que tomará as medidas cabíveis para que a verdade prevaleça. “Respeito todos, mas também exijo o mesmo respeito”, concluiu.




